Curso técnico aumenta
chances de emprego
De acordo com uma pesquisa
da Fundação Getúlio Vargas,
uma pessoa com curso técnico
no currículo tem 10% a mais de
chances de conquistar um lugar
no mercado de trabalho.
Será que a educação profissional é mesmo um dos caminhos mais curtos para se chegar ao mercado de trabalho?
A resposta é sim. Uma pesquisa do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV) confirma: uma pessoa com curso técnico no currículo tem 10% a mais de chances de conquistar um lugar no mercado.
Os salários também compensam. Quem tem diploma de curso técnico chega a ganhar 17% a mais. O salário, em média, é de R$ 1,4 mil. E com um curso de qualificação profissional, a renda também aumenta em até quase 15%,
E é bom esclarecer as diferenças entre esses cursos. Os cursos de qualificação profissional normalmente são de curta duração e não exigem o ensino médio. Já nos cursos técnicos, o aluno precisa ter o Ensino Médio. Ou também pode cursar os dois ao mesmo tempo.
Só 3,8% dos brasileiros entre 10 e 60 anos freqüentam cursos de educação profissional, cerca de 6 milhões de pessoas. É muito pouco para um país tão grande e com perspectiva muito maior de mercado de trabalho.
De acordo com a pesquisa da FGV, os principais motivos para isso são a falta de dinheiro para pagar o curso, a falta de escolas perto de casa e, em primeiro lugar, a falta de interesse.
O responsável pela pesquisa, o economista Marcelo Neri, acredita que despertar esse interesse é o grande desafio da educação no país.
"Temos que olhar para essa questão da educação profissional com o olhar do jovem. Nesta pesquisa, os jovens estão dizendo que não estão cursando a educação profissional porque não há interesse. Ou os cursos estão mal concebidos ou são bons e os jovens não sabem disso. Então, não é simplesmente abrir escolas gratuitas, Isso, no máximo, corresponde a um quarto do problema. Três quartos correspondem à criação de uma educação de qualidade, na qualidade desejada e que atraia o jovem. Temos que ganhar o jovem, caso contrário vamos vencer todas as batalhas, mas vamos perder a guerra", avalia o pesquisador do Centro de Políticas Sociais da FGV.
Fonte GLOBO REPÓRTER
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